sábado, 18 de agosto de 2012

Eu disse que ia escrever na quinta? Disse isso?

Pois é, lembram que eu disse no último post que escreveria duas vezes por semana, na segunda e na quinta? Então... eu menti! =)

Mas não foi uma mentira intencional e se fosse tipificada criminalmente, não seria dolosa, mas provavelmente  se enquadraria como culpa consciente. Bom, talvez até se enquadre como dolo eventual.

Segundo a doutrina penal, a diferença existe, embora seja um grau a mais ou a menos que a qualifique. O dolo eventual é quando o agente (no caso, eu!), embora não querendo diretamente a realização do crime, o aceita como possível ou mesmo como provável, assumindo o risco da produção do resultado.  A culpa consciente é quase isso, pois é quando o agente é capaz de prever que vai resultar na consecução do crime, mas acredita fielmente que não vai acontecer. Embora a pena de um e de outro seja muito distinta, a diferença está simplesmente no fato de que vai dar merda e não se importar ou saber que pode dar merda e achar que o Papai do Céu vai dar um jeito.

A maioria dos nossos erros transitam entre o dolo eventual e a culpa consciente: entre o desprezo pelo resultado e a inocência que não vai acontecer. Dificilmente alguém faz as coisas erradas como o vilãos das novelas da Globo, aquele tipo caricaturado que judia dos outros e ainda fica rindo sozinho.

Muita gente pensa que erro é sinônimo de pecado. Se recorremos à etimologia da palavra pecado, ela vem do grego hamartia e significa "errar o alvo". Ou seja, só peca quem estabeleceu uma meta e a descumpriu. Por isso, é bom considerar em suas decisões a capacidade de poder cumpri-las, ou então, não se comprometer.

Pois é, foi isso que eu fiz: defini o alvo; depois, errei o alvo e ainda escrevo toda uma argumentação a respeito. Bem típico de um Zé Ruela que adora se justificar.

Bom, mas se a gente erra o alvo, dá pra pelo menos arremessar a flecha e é isso que eu estou fazendo agora: escrevendo... no sábado! =)

Autoaperfeiçoamento é assim mesmo. A gente erra e reavalia, se reorganiza, pra poder errar de novo. São os ajustes finos que vão fazer chegar no ponto em que o "alvo" e a fecha estarão no mesmo lugar.

A meta foi redefinida: escrever de uma a duas vezes por semana, quando tiver assunto (senão vou ter que ficar falando de código penal, código do consumidor e aí ninguém mais vai ler) =(

Obrigado por me aturar.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O início de tudo...

Resolvi escrever um blog porque acabei de ter uma epifania. Mas pra você entender que coisa é essa, deixa eu me apresentar primeiro. Em linhas gerais, eu sou uma pessoa com uma grande virtude e um grande defeito, e que por sinal são a mesma coisa: eu sou criativo! Muito mesmo. Tão criativo, que sou uma das pessoas mais sem continuidade que eu conheço e desorganização é a minha assinatura.

Estranhamente, hoje eu me dei conta que quando eu me organizo e uso uma agenda, dividindo as duzentas coisas que eu tenho que fazer em dias separados, eu sinto uma coisa completamente espiritual acontecendo dentro de mim: sinto esperança, ânimo e coragem pra mudar. Essa foi a minha epifania.

Pois é... pra algumas pessoas, ir na igreja é se ligar com Deus. Pra outros, é fazer caridade. Eu descobri que pra mim, religião significa vencer os meus limites.

Mas e o que isso tudo tem a ver com este blog? Você deve estar se perguntando isso (se é que continua lendo, né... o mais provável é que já tenha voltado pro facebook). Bom, dentro da minha desorganização, um dos meus problemas é que mesmo quando eu me organizo pra começar a cumprir as coisas que eu preciso cumprir, eu esqueço de olhar na agenda e a bagunça toda continua. É uma meleca. Então eu resolvi compartilhar a minha caminhada com as pessoas que, assim como eu, convivem com tantas debilidades que às vezes têm vontade de se mudar de corpo. Pra mim vai ser muito útil: o diário vai ser um registro do que eu estou (ou não) mudando e vai ser muito vergonhoso se daqui a 12 meses eu ainda esteja vivendo essa mesma situação.

A minha religião vai ser a religião da mudança. Deus pode ajudar, aliás, toda ajuda é bem-vinda. Mas é uma coisa que ninguém vai conseguir fazer por mim. Então, cada compromisso assumido aqui passa a ser parte integrante da minha prática espiritual e quem se der ao trabalho de perder tempo lendo isso, pode compartilhar suas experiências sobre os problemas que enfrenta, numa boa.
Eu vou escrever neste blog (atenção, é uma promessa!) duas vezes por semana, provavelmente nas segundas e nas quintas.

Um abraço a todos e até a próxima.